Um caso de febre maculosa foi registrado pela Secretaria Municipal de Saúde de Schroeder, no Vale do Itapocu. A transmissão da doença é ocasionada pela picada do carrapato estrela.
De acordo com a enfermeira Cristiane de Lima Pacheco, da Vigilância Epidemiológica, a febre maculosa é originada por diversas bactérias, sendo a espécie Rickettsia rickettsii a mais importante do Brasil.
“A transmissão ocorre pela picada de carrapato infectado. Para que a rickettsia se reative e possa ocorrer a infecção no homem, há necessidade de que o carrapato fique aderido no corpo por algumas horas (de 4h a 6h). Pode também ocorrer contaminação através de lesões na pele, pelo esmagamento do carrapato”, explica.
Em Santa Catarina, no ano de 2018 (último levantamento até o momento da Dive) foram notificados 134 casos suspeitos da doença. Desses, 46 (34,3%) foram confirmados.
Os locais prováveis de infecção (LPI) aparecem principalmente nas áreas rurais (58,7%). As áreas urbanas aparecem em 32,6% dos LPI e peri-urbana em 8,7%.
As casas em áreas rurais podem ser apontadas como locais de maior risco por estarem proximidade as áreas de pastagens, matas ciliares e coleções hídricas, principalmente se houver a presença de animais como capivaras e equinos.
Sintomas
Os sintomas da doença podem aparecer a partir do 2º até o 14º dia e são: são febre alta, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo e lesões na pele (manchas avermelhadas), podendo se agravar e levar à morte, se não for tratada precocemente. O tratamento é simples e é feito com antibióticos.
Prevenção
• Evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos no meio rural e silvestre;
• Quando for necessário caminhar por áreas infestadas por carrapatos, vistoriar o corpo em busca de carrapatos em intervalos de 3 horas, pois quanto mais rápido for retirado o carrapato, menor serão os riscos de contrair a doença;
• Utilizar barreiras físicas como calças compridas com parte inferior por dentro das botas;
• Recomenda-se o uso de roupas claras, para facilitar a visualização dos carrapatos;
• Não esmagar (comprimir) os carrapatos com as unhas pois com isso pode-se liberar as bactérias, que têm capacidade de penetrar através de lesões na pele;
• Aparar o gramado o mais rente ao solo, facilitando, assim, a penetração dos raios solares;
• Usar carrapaticidas nos animais domésticos (cão e gato) e nos animais de criação (bovinos e equinos);
• Cão da cidade que vai ao campo é mais susceptível à doença – tratá-lo com produto carrapaticida quando voltar à cidade.
Fonte: ND+
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