A baixa cobertura de vacinação trouxe preocupação e também o retorno de algumas doenças que até então estavam extintas. Uma delas é o Sarampo, em Santa Catarina, o último caso foi registrado em 2013. Mas, é preciso que pelo menos 95% das pessoas tenham sido vacinadas para que a epidemia não se espalhe. Caso contrário, basta ter uma única pessoa não vacinada em uma cidade para que o vírus trazido por um infectado circule.
De acordo com a enfermeira e coordenadora do programa de imunização de Criciúma, Patrícia Carvalho Orti Gossa, o país está desprotegido contra a doença desde 2016. “Nós tivemos a crise na Venezuela e muitas pessoas que não estavam imunizadas introduziram a doença novamente no Brasil. Além disso, a cobertura de vacinação está muito baixa”, explica.
A vacina contra o sarampo está disponível gratuitamente nas Unidades de Saúde de Criciúma. A primeira dose da tríplice viral deve ser ministrada aos 12 meses de idade. Aos 15 meses, uma dose da vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varíola), que corresponde à segunda dose da vacina tríplice e uma dose da varicela.
“Caso algum adulto não tenha feito a vacina ou não tenha certeza também pode fazer a imunização. Até 29 anos, são feitas duas doses com intervalo de 30 dias. De 29 a 49 anos, é feito apenas uma dose”, explica Patrícia. A coordenadora também explica que não existe prejuízo em fazer a vacina duas vezes. “Muitas pessoas esquecem ou perdem a carteira de vacinação, mas não correm risco se fizerem duas vezes”, complementa.
Campanha Nacional de Vacinação
A “Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite” será realizada de 6 a 31 de agosto em todo o país. Durante esse período, os postos de saúde da rede pública oferecerão as doses para crianças de 1 ano até 4 anos 11 meses e 29 dias. O ‘Dia D’ será realizado em 18 de agosto, quando todos os postos de saúde da rede pública de Santa Catarina estarão abertos das 8h às 17h.
O objetivo da campanha contra o sarampo e a poliomielite é captar crianças ainda não vacinadas ou que não obtiveram resposta imunológica satisfatória à vacinação, minimizando o risco de adoecimento dessas crianças e, consequentemente, reduzindo ou eliminando os bolsões de não vacinados.
Por DNSUL
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