Autor do ataque a creche em Blumenau é condenado a 220 anos de prisão
O homem acusado de matar quatro crianças na creche Bom Pastor, em Blumenau, foi condenado a 220 anos de prisão, em regime fechado e sem o direito de recorrer em liberdade.
A condenação saiu por volta das 19 horas, após 11, longas e dolorosas horas, para a família das vítimas, comunidade de Blumenau e todos aqueles que se solidarizam com a dor da perda.
Como aconteceu o julgamento
A sessão teve início por volta das 8h30min, com o sorteio dos jurados previamente convocados. O Conselho de Sentença foi composto por quatro homens e três mulheres, que decidiram o destino do acusado. O julgamento ocorreu no salão do Tribunal do Júri do fórum de Blumenau, sob a presidência da juíza Fabíola Duncka Geiser, titular da 2ª Vara Criminal da comarca.
Após a formação do Conselho de Sentença, os trabalhos começaram com a oitiva das testemunhas de acusação e de defesa. Pela manhã, cinco pessoas foram ouvidas, seguidas pelo interrogatório do réu. Os debates foram retomados após o intervalo para o almoço, com réplica e tréplica, e se estenderam até o início da noite. Encerrados os debates, os quesitos foram apresentados para ponderações e após a definição e exposição dos quesitos. Em votação secreta, a maioria decidiu pela condenação do réu.
Ele foi julgado por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado. As qualificadoras incluem motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e crimes contra menores de 14 anos.
Em entrevista, a mãe do menino Bernardo, uma das vítimas do atentado, comenta o resultado:
“Essa sentença não vai trazer nossos filhos de volta, mas é o mínimo que a gente esperava, mesmo que isso não pague o tempo que não vamos viver com os nossos filhos. Mas, diante da justiça do país, a gente precisava no mínimo essa quantidade de pena, para que ele realmente pague no mínimo uns 40 anos lá dentro. A gente sai satisfeito e grato a Deus por toda a parte do juri e pela justiça feita pelos nossos anjos.”
Fonte: SCC10